terça-feira, 13 de março de 2012


Extremo atmosférico

Você já deve ter ouvido falar inúmeras vezes sobre as mudanças climáticas, certo? Pois é, mas a denominação correta para a intensa onda de calor registrada neste final de verão é outra, chama-se extremo atmosférico. Consultei um meteorologista, estudioso da área, para entender o que está de fato acontecendo com o clima no Rio Grande do Sul e pela relevância do assunto decidi publicar a resposta aqui na Blogosfera.
Mas, e na prática o que seria o tal extremo atmosférico? Mais um motivo para acreditarmos no fim do mundo?

Calma, o que acontece é o seguinte: uma soma de fatores, várias coincidências que fazem do "extremo atmosférico" algo incomum. Tão atípico que este início de março é o mais quente em pelo menos dez anos, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia.
Vamos a explicação do especialista, a primeira coincidência foi o La Niña, que fez com que o Estado passasse por um longo período de tempo seco. E tempo seco implica por sua vez, em grande quantidade de insolação, algo que aumenta a temperatura. No território gaúcho ainda tivemos uma estiagem severa para potencializar isso.

Em segundo lugar, desde fevereiro, vem ocorrendo a formação de vários bloqueios atmosféricos, fenômenos que impedem o avanço das frentes frias pelo Brasil. Sem conseguir romper a barreira, as frentes frias acabam "estacionando" sobre a Argentina e o Uruguai.
Por fim, o Atlântico, junto a costa do Rio Grande do Sul também está mais quente que o normal, e de quebra reflete no aumento da temperatura do ar.

Chega! Já é o bastante para sentirmos calor, não acha? Prova de que coincidências existem sim, e o resultado delas nem sempre é agradável. Mas, felizmente a atmosfera é muito dinâmica e esta seria mais uma fase em transição, passageira como as frentes frias que vem e vão.
A boa notícia trago em forma de provérbio: "não há mal que dure para sempre, nem bem que nunca se acabe"...

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