Nosso mundo em cinquenta tons...


Ainda não terminei de ler toda a trilogia do "Cinquenta tons", da autora Erika Mitchell, mais conhecida pelo nome artístico: El James. Mas confesso que antes mesmo de iniciar a leitura já estava impressionada com a repercussão positiva dos livros entre mulheres do mundo inteiro. 

A obra simplesmente virou uma febre, vejo jovens e até senhoras empolgadas com as experiências da Srta. Anastasia Steele. E bota experiência nisso! No papel de submissa do bilionário e dominador Christian Grey, a moça ingênua e inocente se submete a sessões de tortura e de sexo sadomasoquista.

Parece assustador à primeira vista, mas a escritora sabiamente dosa muito bem a mistura entre o erótico que choca e o erótico que romantiza. E, dessa maneira envolve o público feminino que devora a história com aquela fome de quem não consegue parar de ler. 

Na tentativa de entender melhor o sucesso deste produto que segue a linha do erotismo cor-de-rosa, conversei com algumas "delas" e chegamos a um consenso: Todas acabam se identificando com os desejos daquela jovem adolescente recém formada. Desde sua idealização do que seria um príncipe encantado até as decepções que sofre no meio do relacionamento. 

Outra constatação é que ninguém costuma ter vergonha de dizer que está lendo e adorando a história. Muito pelo contrário, aquelas que desconhecem a trilogia é que acabam se sentindo um verdadeiro peixe fora d'água.
Mas ainda me pergunto como a autora conseguiu atrair um público tão imenso e diversificado? Será que existe uma receita de bolo? 

Olha, se esse bolo tem cinquenta tons de cinza ou se pertence ao nosso mundo cor-de-rosa não importa, mas que ele caiu no gosto da mulherada disso não tenho a menor dúvida! Opinião que é praticamente uma unanimidade.

Vai ver a explicação se encontra no misterioso olhar cinzento daquele homem envolvente, ou na deusa interior da personagem Ana que volta e meia dá pulos de alegria diante de tantas descobertas...