segunda-feira, 5 de março de 2012


1001 UTILIDADES

Existem pessoas tão previsíveis que não é nada difícil adivinhar no que estão pensando ou planejando. Acredito ser este um grande desafio a quem escreve, construir um texto totalmente imprevisível do início ao fim, embora todo mundo tenha um estilo pessoal.

Bem, começo pela escolha do assunto. Para não abordar algo muito previsível como, por exemplo, o dia
Internacional da Mulher, comemorado no dia 08 de março, optei por outro tema que também seria "factual", digamos assim.
Até porque muita gente escolhe o mês de março para sair em busca de uma vaga de estágio, de um novo emprego, e a questão em pauta é a versatilidade.

Consta no dicionário Aurélio que versátil é aquilo ou a pessoa "que tem qualidades várias num determinado ramo de atividade".
Vamos contextualizar isso, um exemplo, quando você chama alguém para trocar uma lâmpada, quer que ele o ajude a instalar a máquina de lavar roupa e quem sabe, também já resolve aquele vazamento na torneira...Uma espécie de faz-tudo, certo?
Pois é, acontece que as empresas também querem contratar pessoas versáteis, que desempenhem inúmeras funções, servindo até como "curingas", se for o caso. Mais ou menos seguindo o lema "mil e uma utilidades",  daquela conhecida propaganda da esponja de aço, sem fazer menção à marca...

Portanto, caro amiguinho ou amiguinha, muitas estrelinhas para você que preenche os vários requisitos de uma vaga e se defende bem em qualquer área. Caso contrário, apresse-se! Ingresse em novos cursos, vire autodidata, ou  seja lá como for, porque dificilmente não será exigido de você um bom desempenho em tarefas nunca antes realizadas, missões que você talvez nem imaginasse que seria capaz de cumprir...
Afinal de contas, tudo isso faz parte do mundo moderno e do atual mercado de trabalho para homens e mulheres.

Outro dia uma amiga que estava super nervosa na véspera de enfrentar uma seleção rigorosa, chegou me pedindo um conselho sobre o que poderia falar aos recrutadores durante a entrevista. Disse a ela que fosse sincera e que enfatizasse o seguinte: "quero muito essa oportunidade e o que eu não sei fazer, aprendo rápido".
Se isso ajudou ou não, não sabemos, mas o fato é que ela conseguiu passar na última etapa que era a entrevista e hoje está feliz no novo emprego.
Portanto fica a dica: manter o FOCO é necessário, mas ampliar o leque de opções é uma questão de sobrevivência!

3 comentários:

  1. Muito bem, da Rosa, falou e disse! :-)

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  2. (1/3)

    “Até porque muita gente escolhe o mês de março para sair em busca de uma vaga de estágio, de um novo emprego, e a questão em pauta é a versatilidade.”

    Estágio, versatilidade... de cara imaginei estagiários preparando café para todo o pessoal do escritório, logo no primeiro dia no novo emprego. Também imaginei semblantes de “será que esse café vai ficar saboroso?” e de “o aroma tá bom!” predominando entres os funcionários mais antigos. Por falar em aroma, é ele que faz do café uma bebida romântica, intimista, que aproxima as pessoas. E mesmo que beber café seja menos usual em dias de altas temperaturas, o aroma do café é sempre uma tentação.

    Aprendi a fazer café quando fui jogado aos leões. Um dia após eu comemorar aniversário, minha mãe chegou pra mim e disse que era hora de eu voar pelas minhas próprias asas. Por tal motivo ela não mais prepararia o meu café... nem o da manhã, nem o da tarde, nem os outros três ou nove que eu bebia ao longo do dia. Como eu não queria perder minhas regalias de “porco vesgo”, embarguei intencionalmente a minha voz e perguntei a ela o que eu tinha feito para merecer tamanha dose de vida real. Eis a resposta dela: “Vinte anos, ontem!”.

    Por meses tentei substituir o café que minha mãe preparava por refrigerantes, sucos, batidas e leite com achocolatado, mas não rolou aquela “química”. O desempenho em campo nunca foi o mesmo, embora os reservas citados batam um bolão. Minha irmã sabia do drama que eu vivia naquele momento e foi solidária comigo. Muitas vezes ela telefonou me convidando para ir tomar café na casa dela, contrariando a vontade da nossa mãe. Tudo bem que a matriarca só queria ver seu caçula tomando jeito de gente, mas se eu pudesse escolher entre ser deserdado e ficar sem café... eu escolheria ser deserdado.

    Um dia tive que dar meu braço a torcer e passei a ser o responsável pelo café meu de cada dia. Dias difíceis! Qualquer bebida preparada com a água que sai da máquina de lavar roupas é melhor do que aqueles primeiros cafés que preparei. Só acertei a mão depois de encarar com muita seriedade o preparo de um simples café. “Isolei” uma caneca, uma determinada quantidade de água e um tipo específico de café. Depois criei uma tabela (café x açúcar) e cruzei as quantidades de café e de açúcar. Dias e dias de testes e mais testes... até que finalmente encontrei o (meu) ponto ideal. Como a fórmula da Coca-Cola não é revelada, também não revelarei a minha fórmula de um café perfeito. Tenho que valorizar o meu produto!

    Nunca estive de lado algum em uma entrevista de emprego. Se um dia eu estiver na condição de postulante a um trampo, espero que me deixem preparar um café para toda a galera presente. Se um dia eu estiver na condição de recrutador, espero que cada entrevistado também faça um café pra galera. Não sei bem o porquê disso, só sei que não tem a ver com bajulação! Talvez tenha a ver com habilidades básicas, sei lá... Também não sei se o polvo da figura que encabeça o post teve que preparar café durante o processo seletivo de sua contratação. O que eu sei é que ele anda trabalhando tipo bicho! Por isso eu torço muito para que a xícara de café que ele segura em um dos tentáculos seja para ele mesmo. Além de umas férias, esse polvo merece uma xícara de prazer e de magia.

    Observações finais:
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    Qualifique-se! Descubra coisas novas! Se você não sabe por onde começar, comece aprendendo a fazer um café de sabor excepcional. Pode parecer algo simples e pequeno, mas...
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    Será que é confortável ser recrutador em uma entrevista de emprego? Lidar com SONHOS de outras pessoas, ter que escolher entre este, esse e aquele... Não sei, mas parece uma missão ingrata.
    *
    “Três ou nove”... Bons tempos!

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  3. Nossa, o café do polvo lhe serviu de inspiração mesmo, hein? Concordo em gênero, número e grau com suas colocações. Obrigada pelo comentário! Abraço.

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