terça-feira, 17 de abril de 2012


Passione fatale


Consta no dicionário, vulgo, "amansa burro" que Passional é relativo a paixão, suscetível de, ou causado por paixão.
Para mergulhar neste tema pego como gancho a onda de crimes passionais que o Rio Grande do Sul vem registrando, especialmente na Grande Porto Alegre.
Pessoas que agem motivadas por este sentimento e que muitas vezes perdem a razão, a noção de tudo. Parece até contraditório, já que estamos falando de algo gostoso de se sentir, paixão, amor...

Seguindo a definição de crime passional de acordo com a Enciclopédia livre (Wikipédia) figura o sentimento onde uma pessoa se sente dona de outra e quer que seu amor seja reconhecido como único, e se isso não acontece, a pessoa resolve cometer atos contra a vida da outra. Geralmente este tipo de crime é cometido por pessoas que argumentam se sentirem pouco valorizadas por seu companheiro (a) para justificar o controle e domínio que exercem sobre ele, considerando-o uma propriedade. Juridicamente, o crime passional é um crime como outro qualquer e não se enquadra na figura penal atenuante de "violenta emoção".

Pois é, enquanto uns ferem por não ter a capacidade de amar como o caso dos Psicopatas, outros ferem por amarem demais. Na verdade, nos passionais, um dos maiores problemas é o ciúme doentio, gerador da possessividade. São pessoas que também não lidam bem com o fim de um relacionamento, apresentam sérias dificuldades no processo da aceitação. Preferem insistir, mesmo contra a vontade do parceiro, em algo unilateral.

Não sou expert no assunto para tecer uma longa tese aqui, apenas proponho uma reflexão em cima disso. Já que o contexto preocupa, pessoas sendo assassinadas, outras gravemente feridas, mantidas em cárcere privado...
Exemplos que nós da mídia, noticiamos com muita frequência nas últimas semanas.
E ninguém está livre, até porque é um crime que pode acontecer nas melhores famílias.

Alguém aí sabe a raíz desse mal?

Vai ver Freud explica e o Google responde...

2 comentários:

  1. Acho que não tem uma explicação lógica para isso, Da Rosa. Acontece talvez por falta de preparo mental para lidar com a dor de uma rejeição, não sei. O negócio é simples e prático: se você quer algo com alguém, mas este alguém não quer nada contigo, ora bolas, larga de mão e parte para outra! Quando a coisa extrapola e parte para os crimes passionais por ti referidos, aí é cabeça completamente perdida. Só tratamento psicológico mesmo - se é que adiantaria.

    Beijo, sempre muito bom também te ler.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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