segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012


Um novo ciclo, de novo?!


Além dos vencedores e da festa do Oscar, outros assuntos do momento são: o recomeço do ano letivo, do trânsito que voltou a ficar complicado, a correria de quem retoma a rotina depois das férias, e também o fim do horário de verão...
Não estou contando nenhuma novidade até agora, ainda porque muitos outros jornalistas já escreveram ou falaram sobre estas mudanças antes mesmo delas acontecerem.

Só quero analisar mais este ciclo que se inicia por um ângulo diferente. É que muitas pessoas encaram justamente essa nova fase com indiferença, como se fosse mais um ciclo como tantos outros...E simplesmente esquecem que estamos sempre recomeçando, desde o nascer ao pôr do sol de cada dia.
O fato é que não podemos encarar a mesmice da mesma forma, senão enlouquecemos, e o que é pior, não evoluímos. Por isso mesmo, talvez um dos maiores desafios seja se reinventar diante do que parece ser repetitivo. Afinal, que graça teria se passássemos por todos os verões e invernos e saíssemos exatamente iguais? Faríamos o processo inverso ao da borboleta...

Não pretendo explorar o modo como os deprimidos e derrotados encaram este novo "recomeço", e do mínimo esforço que fazem para romper o casulo. Até porque sempre vai existir aquele que vive apenas para cumprir tabela, à espera da morte certeira.
E vamos combinar que está cheio de gente por aí que não se surpreende com mais nada, muito menos se encanta com algo a ponto de emitir suspiros.

Longe de mim tirar cada um do seu quadrado e mudar o ponto de vista alheio, apenas sugiro abrir um parêntese, destacar em negrito, chamar a atenção e ficar atenta: acorde para a vida! Vamos aprimorar cada ciclo que se renova como se fosse único, não importa se é mais um aniversário, ou mais um dia de trabalho, de aula, ou mais um feriado no calendário!
 ((VALORIZAR É O VERBO E A PALAVRA-CHAVE CADA UM FALA POR SI))


2 comentários:

  1. Já é outono! Casulo rompido!

    “Não pretendo explorar o modo como os deprimidos e derrotados encaram este novo 'recomeço', e do mínimo esforço que fazem para romper o casulo. Até porque sempre vai existir aquele que vive apenas para cumprir tabela, à espera da morte certeira. E vamos combinar que está cheio de gente por aí que não se surpreende com mais nada, muito menos se encanta com algo a ponto de emitir suspiros.”

    Irei dividir o trecho acima em duas partes:

    1) - “Não pretendo explorar o modo como os deprimidos e derrotados encaram este novo 'recomeço', e do mínimo esforço que fazem para romper o casulo. Até porque sempre vai existir aquele que vive apenas para cumprir tabela, à espera da morte certeira.”

    Forte! Gostei do impacto desta parte do texto! Várias vezes passei meus olhos por ela, que funciona como uma lança no coração da preguiça e um bofete na falta de ânimo e/ou de “vitaminas”. E o melhor é que o leitor ainda pode escolher qual a profundidade do seu envolvimento com a mensagem, pois o texto permite isso. Eu “mergulho” no raso, onde dá pé, pois sou apenas um preguiçoso sazonal, o preguiçoso de verão. Durante o verão... só funciono na base do grito ou após o poente. O auge da minha disposição acontece na madrugada, quando o dia fica mais “fresquinho”. Como eu não faço nada de madrugada...

    2) - “E vamos combinar que está cheio de gente por aí que não se surpreende com mais nada, muito menos se encanta com algo a ponto de emitir suspiros.”

    É um texto mais suave que o da primeira parte, PORÉM... não se surpreender com mais nada e não mais se encantar pelas coisas a ponto de suspirar são coisas MUITO MAIS GRAVES que “cumprir tabela à espera da morte certeira”. Os três são “pecados”, mas os dois desta segunda parte são tão piores, mas tão piores... que levam uma amenidade espantosa ao pecado da primeira parte.

    Isso tudo deu ao texto (como um todo) um bom balanceamento, pois as duas partes mediram suas forças em ótimos e equilibrados duelos. Gostei da PANCADA x SUAVIDADE e do enfrentamento entre os PECADOS. Adorei a associação entre o texto e a respiração, o suspirar acionado por um encantamento. Combinei aqui na minha cabeça o texto da senhora com outras funções vitais... e a sua opção pela respiração foi a melhor delas! Muito bom!

    Observação final:
    “Casulo”... gosto dessa palavra!

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  2. Quero deixar registrado que adorei essa análise minuciosa que fizeste no meu parágrafo. Mas, confesso que gostei mesmo do efeito provocado pelo texto como você mesmo disse. Depoimentos assim instigam ainda mais a minha vontade de escrever e de compartilhar idéias com pessoas como você, Enrablablada! Muito obrigada, de coração!!!

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